Se falar de menstruação continua a ser um tabu, falar de pobreza menstrual é ainda pouco usual, mas urgente.
Hoje sabemos que a pobreza menstrual vai muito além da falta de dinheiro para comprar produtos de higiene menstrual adequados. Ela denuncia um problema global da falta de acesso à água, saneamento básico e desigualdade social.
A pobreza menstrual afeta diretamente milhões de raparigas e mulheres em diferentes geografias. A escassez de produtos de higiene, os preços dos produtos, os preconceitos, os estereótipos e a falta de acesso a água e saneamento deixam as mulheres sem alternativas. Como tal, estas usam produtos desadequados à absorção do sangue menstrual, como panos, jornais, roupa inutilizada e adaptada, papel e cartão, folhas, etc.
Para além da autoestima, a pobreza menstrual afeta o quotidiano de milhões de raparigas e mulheres. Existem já alguns governos que tomaram medidas no combate à pobreza menstrual. A Escócia vai disponibilizar de forma gratuita os produtos de higiene íntima feminina. O Reino Unido anunciou que vai abolir o “imposto tampão “. Em Portugal, está a ser debatida a distribuição gratuita de copos menstruais e outros produtos higiénicos nos centros de saúde.
É neste contexto que a Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento (RICD) e o Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF) lançam uma campanha de sensibilização contra a pobreza menstrual, associada a um conjunto alargado de outras iniciativas de sensibilização nacionais e internacionais.
Saiba mais sobre a campanha aqui.
Os moldes estão disponíveis aqui.