O potencial das Câmaras Municipais para a área do Desenvolvimento e da Cidadania Global tem vindo a ser reconhecido por diversos atores a nível nacional e por entidades de referência a nível internacional. São estruturas incontornáveis para um contacto mais próximo com a população a nível geral e com comunidades concretas, como as educativas, a nível particular.
Verifica-se igualmente um consenso alargado relativamente aos ganhos das parcerias e do diálogo entre atores públicos locais e sociedade civil para a otimização de recursos e enriquecimento de atividades.
Destaca-se ainda o papel dos Municípios na capacidade de orientação de temas-chave para os anos letivos ao nível do ensino pré-escolar e primário de cada concelho. Este reconhecimento é também expresso no Relatório voluntário nacional sobre a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (junho 2017):
Cumpre ainda assinalar o relevante papel desenvolvido pelas autarquias locais na implementação da Agenda 2030 nos seus territórios, através de um conjunto de iniciativas que, respeitando a autonomia própria do poder local, contribui decisivamente, pela proximidade e ação concreta, para a implementação a nível nacional.
Mas sensibilizar para os ODS não é apenas dar a conhecer os Objetivos aos cidadãos, é sobretudo empoderá-los para agirem e participarem na sua concretização no seu dia-a-dia. Empoderamento esse que será dado de forma dinâmica, direta, empenhada, critica e assertiva pela Educação para o Desenvolvimento e Cidadania Global. A ED é simultaneamente uma ferramenta de conhecimento, debate e reflexão crítica sobre os temas do desenvolvimento e uma ferramenta de ação, mobilização e sensibilização sobre os principais desafios colocadas num mundo interligado, em que a promoção da dignidade humana e a erradicação da pobreza são imperativos éticos.
É no empenho na concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que homens e mulheres têm um papel igual a desempenhar, devendo ter as mesmas oportunidades para concretizar todo o seu potencial e a liberdade de propor ações e ideias que tornem esta Agenda uma realidade.
O calendário que aqui partilhamos, é assim uma ferramenta de sensibilização – mobilização.